No lugar de vagas para carros, uma estrutura mobiliada em extensão à calçada acolhe pedestres e ciclistas, oferecendo um espaço de uso público para o convívio social
“Este é um espaço público acessível a todos. É vedada, em qualquer hipótese, sua utilização exclusiva, inclusive por seu mantenedor”.
A informação obrigatória nas placas fixadas nos parklets que vão surgindo na cidade de São Paulo resume o conceito da novidade que agradou e virou lei municipal. Diante da ausência de áreas de convivência nas grandes cidades brasileiras e da adesão da população, as pequenas praças começam a ser implantadas em outras cidades como Fortaleza e Florianópolis.
Extensão das calçadas, a estrutura é montada em trecho de rua por particulares ou pelo poder público onde, antes, estacionavam automóveis. A ideia, nascida na cidade de São Francisco (EUA), em 2005, chegou através dos escritórios paulistanos Design Ok e Instituto Mobilidade Verde.
“Este é um espaço público acessível a todos. É vedada, em qualquer hipótese, sua utilização exclusiva, inclusive por seu mantenedor”.
A informação obrigatória nas placas fixadas nos parklets que vão surgindo na cidade de São Paulo resume o conceito da novidade que agradou e virou lei municipal. Diante da ausência de áreas de convivência nas grandes cidades brasileiras e da adesão da população, as pequenas praças começam a ser implantadas em outras cidades como Fortaleza e Florianópolis.
Extensão das calçadas, a estrutura é montada em trecho de rua por particulares ou pelo poder público onde, antes, estacionavam automóveis. A ideia, nascida na cidade de São Francisco (EUA), em 2005, chegou através dos escritórios paulistanos Design Ok e Instituto Mobilidade Verde.
A iniciativa foi testada na capital paulista, no final de 2013 por quatro dias durante a Design Weekend e, depois, por um mês durante a X Bienal de Arquitetura. “Numa terceira etapa, nossa meta era a consolidação dos parklets como política pública”, lembra Guilherme Ortenblad, do Zoom Arquitetura, Urbanismo e Design, e membro da Design Ok. Não demorou para que o prefeito Fernando Haddad assinasse o decreto nº 55.045, em 16 de abril de 2014.
“O parklet tem a característica de ser perene, porque se não deu certo num lugar, pode ser montado em outro. Entendemos que é uma forma eficiente de transformação do espaço da rua em área de convivência”, diz o arquiteto. A ideia, segundo ele, foi criar um mobiliário de qualidade, que oferecesse conforto aos transeuntes e do qual as pessoas pudessem se apropriar. “É uma estrutura muito pequena, mas com grande impacto na paisagem, ela muda a rua, que cria uma dinâmica própria. Primeiro porque é essa estrutura para quem está na rua e precisa sentar, descansar – tanto o pedestre, quanto o ciclista. Depois, as plantas e móveis emprestam qualidade à calçada, retirando um pouco da agressividade própria do trânsito de veículos”, explica.
A crítica à novidade foi a de que os parklets eliminam vagas para o estacionamento de veículos. “Nas duas vagas usadas pelo parklet param de 30 a 40 carros num dia. Em contrapartida, ele recebe entre 300 a 400 pessoas. É, portanto, uma equalização do espaço e não uma guerra contra os automóveis”, comenta.
PROJETO
A regulamentação do decreto determina as regras para a implantação dos parklets e, também, os critérios técnicos de projeto que devem ser respeitados.
A regulamentação do decreto determina as regras para a implantação dos parklets e, também, os critérios técnicos de projeto que devem ser respeitados.
► Os parklets são permitidos em vias públicas com velocidade de até 50 km/hora e com 8,33% de inclinação longitudinal
► Deve ser respeitada a distância mínima de 15 m da esquina
► Se a calçada estiver deteriorada será preciso reformá-la
► O artigo 5º do decreto determina que a plataforma “não pode ocupar espaço superior a 2,20 m de largura, contados a partir do alinhamento das guias, por 10 m de comprimento em vagas paralelas ao alinhamento da calçada, ou de 4,40 m largura por 5 m de comprimento em vagas perpendiculares ou a 45º do alinhamento.
► O parklet deve estar no nível da calçada para que as pessoas com mobilidade reduzida possam acessá-lo. Pela mesma razão, não são permitidos degraus ou desníveis
► O equipamento deve receber proteção perimetral, ficando aberto apenas para a calçada
► Tem o caráter de guarda-corpos, com pelo menos 0,90 m de altura e fixados na estrutura, de maneira a suportar o peso de pessoas que venham a se apoiar
► É preciso projetar o equipamento com atenção à drenagem. Ele não pode causar impedimentos à sarjeta. “O ideal é que a implantação seja feita depois da boca de lobo na direção do fluxo das águas para evitar alagamentos. Além disso, a perfuração do pavimento para a fixação da plataforma não pode ser superior a 12cm e deverá ser restaurada quando o parklet for removido”, comenta o arquiteto.
Fonte: AEC WEB
Mais informações: Mind Smart , Folha de São Paulo , Prefeitura de São Paulo
► Se a calçada estiver deteriorada será preciso reformá-la
► O artigo 5º do decreto determina que a plataforma “não pode ocupar espaço superior a 2,20 m de largura, contados a partir do alinhamento das guias, por 10 m de comprimento em vagas paralelas ao alinhamento da calçada, ou de 4,40 m largura por 5 m de comprimento em vagas perpendiculares ou a 45º do alinhamento.
► O parklet deve estar no nível da calçada para que as pessoas com mobilidade reduzida possam acessá-lo. Pela mesma razão, não são permitidos degraus ou desníveis
► O equipamento deve receber proteção perimetral, ficando aberto apenas para a calçada
► Tem o caráter de guarda-corpos, com pelo menos 0,90 m de altura e fixados na estrutura, de maneira a suportar o peso de pessoas que venham a se apoiar
► É preciso projetar o equipamento com atenção à drenagem. Ele não pode causar impedimentos à sarjeta. “O ideal é que a implantação seja feita depois da boca de lobo na direção do fluxo das águas para evitar alagamentos. Além disso, a perfuração do pavimento para a fixação da plataforma não pode ser superior a 12cm e deverá ser restaurada quando o parklet for removido”, comenta o arquiteto.
Fonte: AEC WEB
Mais informações: Mind Smart , Folha de São Paulo , Prefeitura de São Paulo